30 outubro 2007
Você já viveu algo parecido?
Nesta edição, estamos indicando um pequeno filme, tirado do YOUTUBE, para ilustrar o que é ser atendido por um telemarketing. Com certeza, todos já tiveram alguma experiência parecida quando tentaram reclamar de algum produto ou de algum serviço.
Será que em tempos tão modernos, onde a tecnologia faz tanta diferença, tenhamos que realmente conviver com tal situação e passar por tanto stress?
Precisamos reavaliar os conceitos e procurar urgentemente alguma maneira de acabar com este tipo de situação. É frio, irritante e em alguns casos realmente leva à verdadeira loucura!
Um abraço a todos e curtam o filminho.
Jonas O. Comin
04 outubro 2007
Abandonando as estruturas
Às vezes, precisamos de muita coragem para abandonar estruturas que construímos durante a vida e seguir os sinais que nos indicam novos caminhos.
O universo tem uma lei e uma Harmonia, que a gente desconhece...
Ficamos perdidos quando algo muda e foge de nossas mãos e não deixamos as mudanças virem facilmente.
É como se a gente segurasse o destino, andando com o freio de mão puxado!
Quando finalmente aceitamos que o desenho da vida não nos pertence totalmente e que existe no universo uma trama de fios muito grandiosa e complexa,tudo muda, tudo parece clarear.
Ficamos atentos aos sinais que mostram caminhos e que se entrelaçam amorosamente com os desígnios divinos.
Deixamos de ser um ego que tenta controlar tudo a qualquer custo e então, finalmente, cedemos e mudamos. A isso chamamos de sincronia com Deus!
E quando ela se manifesta é porque vem nos preparar para alguma coisa...
São muitas vezes, pequenos milagres em nossa vida!
Boa sorte e felicidade sempre!!!"
Colaboração: Neusa Cárachésti - Autor desconhecido
Você é Hands-on?
Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno, nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa exigia que os interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança,criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on. Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico.
Não que esse fosse algum exemplo fora da realidade. Pelo contrário, é quase o paradigma dos anúncios de emprego. A abundância de candidatos permite que as empresas levantem cada vez mais a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.
E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da super-qualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...
Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno.. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges,Gerente da Contabilidade.
- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
- In a hurry!
- Saúde.
- Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês.
Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
- Não, não.. Cópias normais mesmo.
- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
- Fabiana, desse jeito não vai dar!
- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
- Como assim?
- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
- Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
- Futuro? Que futuro?
- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
- Sei. Mas o senhor é hands on?
- Hã?
- Hands on.. Mão na massa.
- Claro que sou!
- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque
não têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.
Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.
Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado confundiria nossa salinha do café com a Fundação Alfred Nobel.
Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!
Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês,tinha informática, energia e criatividade e estava fazendo pós-graduação, só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos ele falava "nóis vai" e coisas do gênero.
Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar.
Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.
Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz: o que é capaz de resolver, mas não de impressionar.
Max Gehringer
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