A matemática inscrita na natureza
As abelhas zumbem, voam e produzem mel. Mas por
trás das asas que vibram e dos favos dourados que encantam os olhos, elas
escondem um segredo antigo, elegante e silencioso: são exímias matemáticas.
Quando uma abelha encontra alimento, retorna à colmeia trazendo consigo a informação precisa da descoberta. Compartilha com suas companheiras dados sobre a rota, a direção, o sentido, a posição e até mesmo a direção do vento. E tudo isso é transmitido por meio de uma dança matemática. Ela vibra em zigue-zague, sobe, desce, descreve ângulos e curvas. Nessa coreografia, codifica e repassa dados baseados na posição do Sol.
Além da geometria e da otimização de rotas, as
abelhas revelam outra habilidade fascinante: a simetria. Seus corpos e asas
seguem padrões precisos, harmônicos e repetidos. Há algo de poético nisso. A
natureza parece escrever com compassos invisíveis, usando as abelhas como
instrumentos de sua própria inteligência.
Ao observarmos uma colmeia, vemos mais do que
insetos em movimento. Enxergamos o reflexo de uma ordem natural que valoriza a
lógica, a harmonia e a eficiência. As abelhas não aprendem isso em escolas.
Praticam uma matemática intuitiva, instintiva e perfeita, que muitas vezes
ultrapassa a engenhosidade humana.
A colmeia, afinal, não é apenas uma moradia. É um manifesto. É arte geométrica. É o grito silencioso de que a matemática está viva, pulsando entre as flores, dançando no ar e se escondendo não apenas no zumbido e na dança das abelhas, mas em toda a natureza abundante do planeta Terra.
Nós, humanos “inteligentes”, precisamos prestar mais atenção na natureza e aprender com ela. Sempre digo: o Criador é o grande matemático e geômetra.
Jonas Comin

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