21 fevereiro 2011

Poema a Deus!

Um dia, a alma desperta e se encanta com a manhã que se espreguiça no horizonte. Sente-se como que a pairar acima e além da escala humana. Então, se recorda ser filha de um Pai amoroso e bom. Recorda de um Criador que a tudo para todos provê. E plena de gratidão, extravasa em versos sua alma: Deus, Inteligência das inteligências, Causa das causas, Lei das leis, Princípio dos princípios, Razão das razões, Consciência das consciências.


Bem tinha razão Isaac Newton ao descobrir-se, toda vez que pronunciava Vosso nome. Deus, Pai bondoso, eu Vos encontro na natureza, Vossa filha e nossa mãe. Eu Vos reconheço, Senhor, na poesia da criação, no vento que dedilha harmonias na cabeleira das árvores.

Nas cores que se apresentam tão diversificadas em matizes e gradações.

Nas águas que rolam, silentes, em córregos minúsculos, nas cachoeiras que se lançam, ruidosas, de alturas consideráveis, no verdor da grama que atapeta o jardim e as praças.

Reconheço-Vos, Pai, na flor dos jardins e pomares, na relva dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados. Senhor, eu Vos encontro no perfume das campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das menores ramificações das copas das árvores.

Também Vos descubro na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento.

Eu Vos vejo, Senhor, na criança que sorri, brinca, pula e distribui alegrias, provocando risos.

Eu Vos reconheço, Pai, no ancião que anda lento, que tropeça. Mas, sobretudo, na inteligência que ele revela, resultado de suas experiências bem vividas.

Eu Vos descubro no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que vela, no pai que instrui, no Apóstolo que evangeliza. Deus! Reconheço-Vos no amor da esposa, no afeto do filho, na estima da irmã, na misericórdia indulgente.

E Vos encontro, Senhor, na fé do que a tem, na esperança dos povos, na caridade dos bons, na inteireza dos íntegros. Reconheço-Vos, Senhor, na inspiração do poeta, na eloquência do orador, na criatividade do artista.

Também Vos encontro na sabedoria do filósofo, na intelectualidade do estudioso, nos fogos do gênio! E estais ainda nas auroras polares, no argênteo da lua, no brilho do sol, na fulgência das estrelas, no fulgor das constelações. Deus!

Reconheço-Vos na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço das humanidades, na maravilha, no esplendor, no sublime do Infinito!

Extraído do texto de Eurípedes Barsanulfo, do livro "O homem e a missão", de Corina Novelino, ed. Ide.

11 fevereiro 2011

Quem dobrou teu pára-quedas hoje?

Charlie Plumb, era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil.
Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita.
Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão. Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem: “Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?”
“Sim, como sabe?”, perguntou Plumb. “
Era eu quem dobrava o seu pára-quedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?”
Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu:
"Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje.”
Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se:
“Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse Bom Dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro.” Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia. Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia: “Quem dobrou teu pára-quedas hoje?”
Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante.
Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual.
Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno sem que lhes tenhamos pedido.
Deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar alguém, ou ainda simplesmente de dizer algo amável. Todos precisamos uns dos outros, por isso, mostra-lhes tua gratidão. Às vezes as coisas mais importantes da vida dependem apenas de ações simples. Só um telefonema, um sorriso, um agradecimento, um "Gosto de Você", um "Te Amo".
Agradeçamos por todos os favores que sem merecer recebemos de outros e nunca agradecemos.

Colaboração: Lucia Bassan Borges